Justiça sem misericórdia é crueldade, e misericórdia sem justiça conduz à ruína

6

Mais do que em outras épocas, o homem contemporâneo se sente muito atraído pela misericórdia de Deus.

Nosso Senhor Jesus Cristo, com uma espada de dois gumes na boca, tal como é descrito no Apocalipse. A Justiça de Deus hoje em dia é esquecida, e se dá uma visão deturpada e unilateral de sua infinita Misericórdia.

Mais do que em outras épocas, o homem contemporâneo se sente muito atraído pela misericórdia de Deus.

A pequenez do homem e a infinitude de Deus

Será isso por causa das inúmeras guerras que marcaram o passado século e ainda marcam o presente? Ou as contínuas catástrofes naturais que vem ocorrendo? Seja como for, o certo é que umas e outras fazem o homem sentir-se pequeno diante de situações que escapam ao seu controle.

Do mesmo modo, a enorme crise moral que sacode a Humanidade, o ambiente de uma imoralidade sem precedentes, patenteiam mais ainda a fraqueza do homem e o seu desamparo sem a bondade divina. Torna-se então presente o clamor do Profeta David, chorando seu próprio pecado: “Se tiverdes em conta nossos pecados, Senhor, Senhor, quem poderá subsistir diante de vós?” (Salmo 29,3).

Por outro lado, ao considerar a infinita perfeição de Deus, é preciso ter em mente sua infinita bondade, sua misericórdia sem limite, para que tal perfeição não nos amedronte, mas, pelo contrário, nos atraia. A amorosa e confiante consideração da misericórdia divina, uma especial devoção a ela, são pois mais do que justificadas, amparando-nos e dando-nos a esperança de chegarmos a nosso destino eterno de bem-aventurança.

Misericórdia e justiça se osculam

Mas, sendo Deus infinitamente perfeito, não podemos ater-nos à consideração de apenas um seus atributos, deixando de lado os demais, igualmente infinitos. Se em Deus houvesse apenas a misericórdia sem, ao mesmo tempo, a justiça, faltaria a Ele algo essencial a todo ser racional, que é o agir com equidade. O que seria um absurdo e conduziria a uma noção deformada do Criador.

É por essa razão que o mesmo Profeta David ressalta a infinita justiça de Deus ao dizer: “O Senhor, porém, domina eternamente; num trono sólido, ele pronuncia seus julgamentos. Ele mesmo julgará o universo com justiça, com equidade pronunciará sentença sobre os povos.” (Salmo 9: 8-9). E também: “Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça.” (Salmo 10:8).

É bem claro que entre a misericórdia e a justiça divinas não pode haver contradição, mas sim harmonia, como o mesmo Profeta salienta: “A bondade e a fidelidade outra vez se irão unir, a justiça e a paz de novo se darão as mãos.” (Salmo 84:11).

Por conseguinte, devemos amar em Deus tanto a sua misericórdia como a sua justiça, pois ambos são atributos do mesmo Deus infinito, refletem a sua sabedoria e o seu amor sem limites.

Dificuldades psicológicas

Muito da dificuldade na compreensão da harmonia que existe entre a misericórdia e a justiça divinas decorrem de um entendimento errado da misericórdia humana. Convém pois nos determos em sua análise para depois considerarmos a misericórdia divina.

Misericórdia é um sentimento de compaixão para com o sofrimento e as necessidades de um outro, acompanhado do desejo ou da disposição de ajudá-lo na medida das próprias possibilidades. Ela é, pois, mais do que um simples sentimento emotivo, que não conduz a uma ação, nem uma mera filantropia que faz da ajuda aos necessitados quase uma ação burocrática.

A misericórdia deve proceder de uma verdadeira caridade para com o próximo e estar inteiramente sujeita à guia da razão, ao julgamento da inteligência, e também respeitar os ditames da justiça. Pois, como diz Santo Agostinho, a misericórdia é um ato virtuoso, “na medida em que o movimento da alma é obediente à razão “, e “se faça misericórdia sem violar a justiça.”

Resumo da vida cristã

A misericórdia, para ser uma virtude e o ato misericordioso um ato virtuoso, devem proceder da caridade, porque é do amor a Deus que procede toda virtude sobrenatural.

A misericórdia, se bem entendida, é, no dizer de Santo Tomas, a maior das virtudes em relação ao próximo, embora a caridade, que é a sua inspiradora e nos une diretamente a Deus, seja, absolutamente falando, superior a ela. Segundo o Santo Doutor, a misericórdia é como que o resumo da vida cristã.

Harmonia entre as virtudes

As virtudes formam um todo entre si: as virtudes teologais (fé, esperança e caridade) dirigem as virtudes cardeais (prudencia, justiça, fortaleza e temperança) e é esse conjunto que nos dirige a Deus e nos guia em nossas ações.

Assim, não amará realmente a justiça quem não for misericordioso, nem será pacífico aquele que não praticar também a virtude da fortaleza. Cada um pode se sobressair mais numa virtude do que em outra, mas sempre buscando praticar o conjunto delas, que é no que consiste a perfeição cristã.

Um exemplo desse amor ao conjunto das virtudes temos no santo que, de certa forma, ficou como o símbolo da misericórdia: São Vicente de Paulo (1581-1660). Ao mesmo tempo em que ele foi o modelo da abnegação heroica na caridade para com os pobres, seu zêlo pela Fé o levou a combater os erros nefastos do Jansenismo (espécie de Calvinismo infiltrado na Igreja) e do Galicanismo (semi-independência da Igreja da França em relação ao Papa). Além disso, fez intenso apostolado entre membros da aristocracia, tendo sido um dos fundadores de uma sociedade de nobres para a prática da caridade e defesa da fé, a Companhia do Santíssimo Sacramento. Fundou também a Congregação da Missão (Lazaristas) para ensinar nos seminários e fazer pregações populares.

Misericórdia e justiça

A misericórdia tempera a justiça, seja diminuindo a pena, seja tornando sua aplicação mais benévola. Mas ela não pode contrariar ou eliminar a justiça pois, como afirma Santo Tomas, “Justiça sem misericórdia é crueldade, e misericórdia sem justiça conduz à ruína”

Assim, quando se rompe o equilíbrio entre a misericórdia e a justiça, os maus ficam sem punição ou, ao contrário, são punidos com brutalidade. Tanto uma coisa como outra conduz ao caos social e também leva à confusão nas mentes, pois a ausência do castigo devido ao que infringe a lei divina e a humana enfraquece nas consciências a noção do bem e do mal, conduzindo ao relativismo moral. Por sua vez, a crueldade no punir torna a justiça odiosa.

O pecador ou o criminoso, deve ser punido em sua falta de modo adequado para que a justiça seja reparada e assim permaneça vivo na sociedade o senso da justiça. Sem ele a vida entre os homens degenera na lei do mais forte.

Pela sua falta, diz Santo Tomas, o pecador deve ser objeto não da misericórdia, mas da justiça. Mas, explica, certos aspectos involuntários não diretamente desejados por ele em sua falta ele deve ser objeto de misericórdia. Embora esta não elimine a pena devida ao mal praticado, ela a torna mais suave, seja na duração da pena, seja na forma de sua aplicação.

É claro que a misericórdia nos leva a desejar a emenda do pecador, para que ele se converta, faça penitência e se salve.

Corrigir o pecador é uma obra de misericórdia

Por isso é que, nas obras de misericórdia (pelas quais nós praticamos essa virtude), as espirituais (instruir os ignorantes, dar bom conselho, corrigir os que erram, rezar pelos mortos etc.) são tanto corporais como espirituais superiores às corporais(dar esmolas, visitar os doentes, etc), por dizerem respeito mais diretamente à salvação eterna.

Entre as obras de misericórdia espirituais, é muito importante corrigir os que erram “porque por esse meio nós removemos o mal que está em nosso irmão, ou seja, o pecado, e isso constitui um ato de caridade maior do que eliminar algum sofrimento físico ou necessidade do mesmo.”

Justiça e misericórdia em Deus

Para considerarmos a misericórdia em Deus, devemos ter presente que Ele, sendo puro espírito, sua misericórdia não procede de um sentimento de compaixão, mas sim de sua infinita bondade e sabedoria. Foi por um ato de misericórdia, de puro amor, que Deus criou todo o universo e, nele, as criaturas racionais (homens e anjos), para participarem de sua própria felicidade.

Em todas as obras de Deus aparecem a justiça e a misericórdia, porque, tudo o que Ele faz, tem como último fundamento a bondade divina, portanto na misericórdia, e tudo é feito com ordem e proporção, o que está de acordo com a justiça.

Segundo Santo Tomás, “mesmo na condenação dos réprobos vê-se a misericórdia, pois esta, embora não porque lhes tire totalmente o castigo merecido, alivia a pena, já que eles são castigados menos do que mereciam.”

Amemos Deus em toda sua perfeição

Se a misericórdia divina nos atrai sobremaneira, porque sem ela nós sabemos que nada somos nem podemos, não devemos separar esse atributo divino de sua justiça, pois ambos fazem parte de sua infinita sabedoria e amor.

A perfeição da misericórdia e da justiça divina nos são atestados sobretudo na Encarnação, paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, em que Ele assumiu sobre si os nossos pecados, para satisfazer a justiça divina ofendida e por esse ato de misericórdia nos mereceu a salvação eterna.

Amemos a Deus em toda sua perfeição, em sua misericórdia e em sua justiça pois essa é a única maneira de compreendermos a sabedoria e a santidade divinas e, desse modo, podermos imitá-las na medida possível de nossas limitações.

Isso é importante não somente para a nossa vida espiritual, mas para que possamos fazer um julgamento equilibrado da ação de nossos semelhantes, compreendendo que a misericórdia não pode destruir a justiça, pois, convém lembrar novamente, “a misericórdia sem justiça conduz à ruína” da sociedade.

***

Notas:

[1]Todas as citações da Escritura são da Biblia online Ave-Maria.

[2]Citado por Santo Tomás na Summa Theologica, I-II, q. 59, a.1 ad 3.

[3]Summa Theologica, II-II, q. 30, a. 4.

[4]Supper Matthaeum, Cap. V, l. 2.

[5]Cf. Summa Theologica, II-II, q. 30, a. 1, ad. 1.

[6]Idem, II-II, q. 33, a. 1, answer.

[7]Suma Theologica, I, q. 21, a.4 ad 1.

Fonte: http://www.ipco.org.br/home/noticias/%E2%80%9Cjustica-sem-misericordia-e-crueldade-e-misericordia-sem-justica-conduz-a-ruina#more-8965

Artigo anteriorDesvendando o Mistério da Vida: Teoria do Design Inteligente
Próximo artigoA transcendência da mensagem e do Segredo de La Salette

6 COMENTÁRIOS

  1. NINGUÉM NUNCA VAI ENTENDER UM PROTESTANTE

    Ora, quem conhece um mínimo de História da Igreja, sabe que a Igreja é anterior aos escritos do Novo Testamento, quando o Evangelho de Mateus foi escrito, por exemplo, a Igreja já contava com aproximadamente 50 (cinqüenta anos) de evangelização… Em outras palavras, a Igreja “berçou a Bíblia”, foi a Igreja que estabeleceu o cânon da Bíblia e não a Bíblia que estabeleceu a Igreja.

    Sem a Igreja, a Bíblia não existiria… Portanto, os protestantes que enchem o peito para dizer que pregam a “Bíblia” e não a Igreja, sem saber ou de má fé, ao crerem na Bíblia, estão crendo no fruto da Sagrada Tradição da Igreja Católica Apostólica Romana (note-se entretanto, que no tocante ao Antigo Testamento, os protestantes fizeram a “proeza” de retirar alguns livros, para eles “não inspirados”)

    São Paulo afirma com todas as letras, a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade!

    “Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade.” (I Tim 3,15)

    O Cânon do Novo Testamento foi decidido, em definitivo, no Concílio de Cartago, no fim do século IV. O livro do Apocalipse entrou, saiu e entrou de novo no cânon das escrituras, por decisões conciliares. Tais concílios tinham representantes do Papa, da Igreja Ortodoxa Grega e de igrejas cristãs africanas, que foram depois extintas pela expansão islâmica do século VII. E nenhuma destas organizações religiosas seguiu algum dia uma bíblia de 66 livros. Ou seja, os protestantes seguem uma bíblia com um Antigo Testamento decidido, por um concílio explicitamente sem cristãos e, um Novo Testamento decidido, sem nenhum protestante.

  2. MAS AFINAL ,O QUE É UM PROTESTANTE?

    1) O protestante é aquele que segue a revolta iniciada contra a Igreja Católica em 1517. É seguidor de várias doutrinas que surgiram 1500 anos depois da era Apostólica.

    2) O protestante é aquele que protesta contra a Igreja Católica, usa a Bíblia, porém, não possui nenhuma autoridade superior, infalível, para declarar que uma palavra tem tal sentido, e exprime tal verdade.

    3) O protestante tem sua fé alicerçada na emoção. A religião, para ele, resume-se em um estado de espírito agradável, em uma sensação que forçosamente um dia irá passar. O protestante toma uma experiência emocional por uma revelação, e um estado emocional pela graça de Deus. A fé edificada sobre a emoção não é fé verdadeira, mas mera busca de recompensa rápida, tão pouco profunda e ineficiente.

    4) O protestante gosta de apoiar-se em ameaças de castigos e de fim de mundo, usando trechos da Bíblia. Acredita ter uma iluminação direta do Espírito Santo, sem intermediários, ou seja, sem a Igreja. No fundo, cada protestante se julga juiz da Bíblia.

    5) O protestante se afirma salvo, porém, crê em um Jesus diferente, sendo que o Jesus dos Batistas parece ser diferente do Jesus dos Metodistas , que parece ser diferente do Jesus dos Adventistas, que também parece ser diferente das demais igrejas protestantes. São mais de 33.000 denominações pregando vários Jesuses diferentes, um do outro.

    6) O protestante adota uma interpretação particular da Bíblia como única norma de vida. Seu texto se converte em arma de ataque e de defesa frente a estranhos. Costuma Memorizar “versículos-chave” para tanto. Não se preocupa muito com o contexto das citações e nem com a verdade histórica de suas afirmações.

    7) O protestante costuma desenvolver uma mentalidade de natureza fundamentalista. Seu fervor religioso nasce como reação a um mundo complexo e hostil que ameaça certos princípios qualificados como “intocáveis”. Exclui o uso da razão de sua compreensão bíblica e cai facilmente na irracionalidade total. Sua argumentação freqüentemente espelha medo e incerteza, desconhecendo o diálogo lógico e racional.

    8) O protestante vive num ambiente de “supostos fiéis do povo escolhido”. Segundo tal, o mundo os persegue porque somente eles têm permanecido fiéis ao que Deus quer. Isto provoca uma profunda suspeita frente ao mundo. Cria a idéia de que a salvação dos homens será possível apenas dentro dos estreitos limites das igrejas protestantes.

    9)Os líderes fazem o possível para ocupar todo o tempo livre dos membros. Abarrota-lhes de reuniões, serviços, estudos e outras atividades que fazem com que a vida diária do adepto gire em torno das supostas igrejas?. Costumam proibir categoricamente qualquer contato com culturas diferentes, avanço científico, literatura ou programas que não estão explicitamente escritos na Bíblia.

    10) Sem exceção, ditam um código moral estreito que afetam todos os aspectos da vida de seus membros, a forma de vestir, a abstinência da dança, da música (não evangélica) etc. Tudo isso serve para separar do mundo os membros, dar-lhes uma identidade externa inconfundível, criar neles uma mentalidade de superioridade moral e reforçar em suas mentes a legitimidade da determinada igreja protestante.

    11) Os líderes criam uma forte expectativa em seus membros quanto ao fim do mundo e a segunda vinda de Cristo. Esta postura de milenarismo ou adventismo resulta em um fanatismo dificilmente compreensível para aqueles que não compartilham da visão do fim iminente.

    12) Já, os grupos de espiritualidade pentecostal, dão muita importância aos sinais exteriores como o falar em línguas, o transe místico, as visões, as choradeiras, etc… Algumas igrejas protestantes exercem uma sugestão poderosa sobre os seus para que se produzam estas manifestações de forma contínua nas reuniões dos adeptos.

    13) Certas igrejas protestantes obrigam seus membros a uma ação direta de proselitismo de porta em porta, pelas ruas, etc… Distribuindo mensagens como forma de ganhar novos adeptos e de fortalecer a convicção dos membros. Freqüentemente controlam os resultados do proselitismo de forma pública dentro da comunidade, o que serve de pressão aos membros menos inclinados a estar molestando estranhos com suas crenças particulares.

  3. CRONOLOGIA DAS CEITA PROTESTANTES

    Uma vez protestante, ensinava Lutero: “Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja (luterana).” (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).

    Índice das Mentiras

    Uma vez protestante, ensinava Lutero: “Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja (luterana).” (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).

    ERASMO DE ROTTERDAN
    O teólogo e humanista Erasmo de Rotterdam (1467-1536), amigo contemporâneo de Lutero, assim chegou a se expressar diante da vil conduta do pai do protestantismo: “Revelarei a todos que mestre insigne és em falsificar, exagerar, maldizer e caluniar. Mas já toda gente o sabe… Na tua astúcia sabes torcer a própria retidão, desde que o teu interesse o requeira. Conheces a arte de mudar o branco em preto e de fazer das trevas luz”. (Grisar, Luther, II, 452 e ss, apud Franca, IRC: 200, nota 96)
    Diante de tamanho testemunho, que comprova a aversão de Lutero à verdade, vejamos então as maiores mentiras e sabotagens históricas protestantes, forjadas ao longo de 500 anos contra a Igreja Católica:

    JEROME EMSER

    1520 – Inventam a primeira mentira contra o celibato: Lutero no final de 1520 fez uso de uma notória fábula para macular bispo Ulrich de Augsburg, publicando-a em Wittemberg com seu prefácio. Essa publicação pretendia ser uma efetiva arma contra o celibato dos padres e religiosos. Nessa carta o santo bispo é representado narrando como cerca de 3000 (de acordo com outros, 6000) cabeças de crianças que teriam sido descobertas num reservatório de água do convento de freiras de São Gregório em Roma. (…) (Jerome) Emser desafiou Lutero a publicar essa questionável carta, e ele respondeu que não confiava muito nela. (sic!) Todavia, graças a seu patrocínio, a fábula pôde continuar sua destruidora carreira e foi zelosamente explorada. (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960 pág. 177).

    1525 – Adulteram a Bíblia colocando o termo “significa” onde Jesus diz que “É” seu corpo: o reformador suíço Zwinglio muda a Bíblia para acomodar sua heresia contra a presença real de Cristo na eucaristia: onde os Evangelhos e São Paulo dizem “isto é o meu corpo”, o heresiarca traduz por “isto significa o meu corpo”! A respeito, comenta outro protestante: “Não é possível de modo algum excusar este crime de Zuinglio; a cousa é por demais manifesta;(…) .” (Conr. Schluesselburg, Theologia calvinista, Francofurte, a M. 1592, 1. 2, f. 43 b.), escreve ainda o mesmo autor: “Não o podeis negar nem ocultar porque andam pelas mãos de muitos os exemplares dedicados por Zuinglio a Francisco, rei de França, e impressos em Zurique no mês de março de 1525, in 8o. Na aldeia de Munder, na Saxônia, no ano 60 eu vi na casa do reitor do colégio, Humberto, não sem grande maravilha e perturbação, exemplares da Bíblia alemã, impressas em Zurique, onde verifiquei que as palavras do Filho de Deus haviam sido adulteradas no sentido dos sonhos de Zuinglio. Em todos os quatro lugares (Mt., 26; Mc., 14; Lc., 22; I cor., 11) em que se referem as palavras da instituição do Filho de Deus, o texto achava-se assim falseado: Das bedeutet meinen Leib, das bedeutet meinen Blut, isto significa o meu corpo, isto significa o meu sangue.” (Conr. Schluesselburg, op. cit. f. 44 a.) (citações em padre Leonel Franca, op. cit., pág. 211).

    As posteriores edições protestantes foram impressas corrigindo essa sabotagem de Zwinglio, que foi inclusive denunciado por Lutero, pois Lutero levantou-se contra o tal dizendo: “é” não pode ser traduzido por ‘significa’”. (Uma Confissão a respeito da Ceia de Cristo – Von Abendmahl Christi, Bekenntnis WA 26, 261-509, LW 37. 151-372, PEC 287-296. – SASSE, H. Isto é o meu Corpo, p. 107).

    Infelizmente, por causa do estrago causado pela falsificação de Zwinglio, a maioria dos protestantes continua a ensinar erroneamente que o pão e o vinho consagrados, “significam” o corpo e sangue de Cristo. Sendo assim eles comem e bebem indignamente a própria condenação, como bem diz as Escrituras: “Examine-se, pois, a si mesmo o homem, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque aquele que o come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.” (1Cor 11, 28-29)

    1540 – plantam a mentira que a Igreja é contra a ciência: um pastor protestante sabotou a obra do padre Copérnico sobre o heliocentrismo, em sua dedicatória ao Papa. Isso ajudou os protestantes mais tarde a propalarem falsamente que os papas eram contra o heliocentrismo. Naquele ano, o astrônomo Rheticus enviou para publicação o livro completo de Copérnico, De Revolutionibus (“As Revoluções”), cujo primeiro exemplar chegou às mãos de Copérnico em leito de morte, em 1543. Provavelmente não teve consciência de que o seu prefácio, dedicado ao Papa Paulo III, fora substituído por outro, anônimo, de Andreas Osiander (1498-1552), um pastor Luterano interessado em Astronomia, em que insistia sobre o caráter hipotético do novo sistema. Esse pastor também modificou o nome da obra para De Revolutionibus Orbium Coelestium (“As Revoluções do Orbe Celeste”). No livro, que tinha o texto já aprovado pelo Papa, Copérnico declarava e provava matematicamente que a Terra cumpria “uma revolução em torno do Sol, como qualquer outro planeta”.
    Fonte: http://www.euniverso.com.br/Cult/Mestres_e_artistas/Copernico.htm
    Boatos circulam até hoje que os Papas eram contra a ciência. Não existiria essa falsidade se o prefácio da obra de Copérnico não tivesse sido criminosamente removido na gráfica por um pastor luterano.
    Quem na verdade era contra Copérnico e a ciência, a qual chamava de “razão”, era Lutero, que assim se expressava: “O abade Copérnico surgiu, pretendendo que a terra girasse em torno do Sol.” – Lutero deu de ombros -“Lê-se na Bíblia que Josué deteve o Sol; não foi a Terra que ele deteve. Copérnico é um tolo.” (Funck-Brentano, Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 145).
    Deste modo Lutero via a ciência: “A razão é a prostituta, sustentáculo do diabo, uma prostituta perversa, má, roída de sarna e de lepra, feia de rosto (sic), joguemos-lhe imundícies na face para torná-la mais feia ainda.” (Funck-Brentano, Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 217).
    Hoje o que vemos, são alguns protestantes e outros inimigos da Igreja, desonestamente querendo inverter os papéis, a caluniar que a Igreja é que é a “inimiga da ciência”. A história universal advoga contra estes.

    Prof. Erwin Iserloh

    1546 – Forjam a mentira da fixação das teses de Lutero: após a morte de Lutero, Melanchthon inventa a lenda em que Lutero teria fixado 95 teses contra a Igreja, no pórtico da igreja do castelo de Wittenberg. Os historiadores Gottfried Fitzer, Erwin Iserloh e Klemens Houselmann negam que isso tenha ocorrido. Do relato de Johannes Schneider, um criado de Lutero, é que se extraiu de maneira errada a notícia da afixação das teses. Não é encontrado, em seu manuscrito, nenhuma referência a este fato. Lê-se apenas: “No Ano de 1517, Lutero apresentou em Wittenberg-sobre­ o Elba, segundo a antiga tradição da universidade, certas sentenças para discussão, porem modestamente e sem haver desejado insultar ou ofender alguém.” Ou seja, aquilo não passava de reles tese estudantil que até defendia o Papa, mas com alguns erros teológicos cometidos pelo autor, que foi em pouco tempo corrigido. (FITZER, Gottfried. Was Luther wirklich sagte, Verlag Fritz Molden, Wien-Muchen-Zurique, 1968.)

    1546 – Plantam a mentira “a Igreja vendia lugares no céu”: esse embuste acusava o Papa de estar vendendo indulgências para construir a Basílica de São Pedro. Tudo falsidade que se desfaz mediante simples leitura das teses de Lutero, especialmente a de nº 50, que diz: “Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.” As acusações de que o perdão dos pecados foi vendido por dinheiro, independentemente de contrição, ou que a absolvição de pecados a ser cometidos no futuro poderiam ser comprados são infundadas. (Paulus, “Johann Tetzel”, 103). Tetzel “, 103).
    O que aconteceu de fato em 1517, foi a desobediência de um monge isolado, numa distante cidade alemã, longe do conhecimento do Papa em Roma, que teria cobrado pelas indulgências que são dadas gratuitas pela Igreja. Este monge era o Johann Tetzel, o mesmo foi punido disciplinarmente e morreu de desgosto adiante, inclusive sendo consolado magnanimamente por Lutero que antes o havia injustamente acusado de ter dito que uma indulgência comprada perdoaria até quem “violasse a mãe de Deus.”
    Uma outra falsa frase que ilustra ainda hoje panfletos difamatórios diz: “Tão logo o dinheiro no cofre tilintar, a alma do purgatório sairá voando”. A Bula Papal de indulgência não deu qualquer sanção para essa proposição. Foi uma opinião escolar vaga, refutada em 1482, e novamente em 1518, e certamente não é uma doutrina da Igreja, que foi assim indevidamente apresentada por difamadores como “verdade dogmática”. (consulta: Ludwig von Pastor , A História dos Papas, a partir do final da Idade Média, Francisco Kerr Ralph, ed., 1908, B. Herder, St. Louis, Volume 7, pp 347-348.)

    1553 – Inventam a mentira que a Igreja proibiu a Bíblia: essa mentira dá conta que, o Papa Júlio III teria convocado três bispos que teriam optado por proibir a leitura da Bíblia visando “manter” a autoridade da Igreja. O autor desta farsa foi Pier Paolo Vergério (1498-1565), um protestante, grande inimigo da Igreja. O falsário na época, deu um jeito de colocar tal falsidade escrita dentro da Biblioteca Nacional de Paris, para dar-lhe ares de veracidade.

    Recentemente o apologista católico Oswaldo Garcia deu-se ao trabalho de verificar isso junto àquela biblioteca e recebeu a seguinte informação: “O texto que procurais é uma crítica em estilo satírico, dirigida ao Papado e publicada em 1553 com o título “Consilium quorumdam apiscoporum Bononiae Congregatorum quod de ratione stabiliendae Romanae Ecclesiae Iulio III P.M. datum est”. O seu autor Pier Paolo Vergério (1498-1565) Bispo de Modruch, e, depois, de Capo d’Istria, aderiu posteriormente à reforma protestante em 1549 aproximadamente, põe em cena Bispos que prestam conselho ao Papa Júlio III sobre a maneira de restabelecer a autoridade pontifícia”. Às pessoas que interpelam esta instituição a respeito da autenticidade do documento, a biblioteca tem respondido: “É impossível que tal documento seja obra de alguma autoridade da Igreja Católica.” Por sugestão do Garcia, esta informação foi publicada na revista “Pergunte e Responderemos” de novembro/2006, n. 533).

    Veja, agora, uma norma católica de 1480, anterior à Revolta protestante, que por si só, seria suficiente para encerrar essa lenda que apregoa que a Igreja seria contra a Bíblia:

    “Todos os cristãos devem ler a Bíblia com piedade e reverência, rezando para que o Espírito Santo, que inspirou as Escrituras, capacite-os a entendê-las… Os que puderem devem fazer uso da versão latina de São Jerônimo; mas os que não puderem e as pessoas simples, leigos ou do clero … devem ler a versão alemã de que agora se dispõe, e, assim, armarem-se contra o inimigo de nossa salvação” (The publisher of the Cologne Bible [1480] ).

    Bibliografia:

    – Adolphe-Charles Siegfried, La Via et le travaux de Pierre-Paul Vergerio. Thése presentée […] pou obtenir le grade de bachelier en théologie à la Faculté de théologie protestante de Strasbourg, Strasbourg, imprimerie de Vve Berger-Levrault, 1857

    – Ugo Rozzo (a cura di), Pier Paolo Vergerio Il Giovane, um polemista attaterso l’Europa del Cinquecento, Atti del Convegnho intternazionale di studi, Forum Edizioni,2000.

    MAIS ALGUNS LIVROS, OU MENOS?

    1563 – Inventam a mentira que a Igreja teria acrescentado sete livros à Bíblia: era o final do Concílio de Trento, essa mentira foi plantada para desacreditar a Igreja e aquele Concílio feito para enfrentar a rebelião protestante. Sobre a Bíblia, tudo que houve neste concílio foi a pura confirmação do cânon dos 73 livros reafirmados nos concílios anteriores. Para desmascarar os propagadores dessa mentira basta mostrar-lhes que Santo Agostinho, no ano 397, em sua obra “Sobre a Doutrina Cristã, livro 2, cap. 8, 13” já aparece citando o cânon Bíblico de 73 livros : “… O cânon inteiro da Bíblia é o seguinte: os cinco livros de Moisés, ou seja, Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, … Tobias, Éster e Judite, e os dois livros de Macabeus , … , Sabedoria e Eclesiástico, … Baruque, …”

    Na verdade os protestantes é que posteriormente arrancaram sete livros da Bíblia, as Bíblias dos reformadores continham os 73 livros, o próprio Lutero os traduziu na sua edição da Bíblia datada de 1534. Foi somente no século XIX que as Sociedades Bíblicas protestantes deixaram de incluir nos seus exemplares da Bíblia os sete livros deuterocanônicos.

    Para confirmar de vez a mentira e a grave mutilação Bíblica feita pelos protestantes, basta conferir os livros da Bíblia de Gutemberg, impressa antes da reforma protestante e quase um século antes do Concílio de Trento, pois os livros Tobias, Judite, 1 Macabeus, 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque que eles arrancaram estão lá. Este é o link direto, onde você pode ver escaneados todos os livros da Bíblia de Gutenberg e seu catálogo: http://prodigi.bl.uk/treasures/gutenberg/search.asp

    Você poderá também, visitar a Biblioteca Nacional – Sede: Av. Rio Branco, 319 – Rio de Janeiro – CEP 20040-009 – Tel.: 55 21 3095 3879.

    1563 – Chamam “apócrifos” os livros sagrados que excluíram das bíblias protestantes: essa manobra foi feita para justificar a exclusão dos sete livros: Tobias, Judithe, Sabedoria, I Macabeus, II Macabeus, Eclesiástico e Baruque, que contrariavam a recém criada religião protestante. Esses livros faziam parte da Bíblia Septuaginta usada pelos apóstolos, e vários destes foram encontrados integrando os escritos cristãos primitivos achados em 1947 no Mar Morto. Ao contrário do que dizem os protestantes, “Apócrifo” sempre significou: escritos de assunto sagrado não incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas. (Dicionário Enciclopédia. Encarta 99). Ou seja, “apócrifos” são os livros que ficaram fora do Cânon da Igreja Católica no século 4. Fica evidente que os protestantes para mais uma vez caluniarem a Igreja Católica, simplesmente resolveram chamar de “apócrifos”, os Livros Sagrados que começaram a rejeitar no século 16.

    LENDAS

    1685 – Criam a lenda de que o protestantismo teria surgido no dia da falsa fixação das teses de Lutero: como seria possível isso se Lutero ainda era católico e defendia o Papa naquelas teses, dizendo entre muitos outros muitos elogios: “Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.” (Tese nº 9).

    Alexander Martins Vianna Prof. do Curso de História UFRRJ
    Na verdade, foi ao final do século XVII, contexto da expansão militar de Luís XIV (que revogou o Édito de Nantes em 1685), que se começou a celebrar nos meios protestantes o dia de lançamento das teses de Lutero como um “marco de ruptura” com Roma. (Alexander Martins Vianna, Professor do Departamento de História da FEUDUC-RJ).
    1819 – Caluniam que um “padre” traduziu a bíblia protestante para o português: no maior “conto do vigário” da história, João Ferreira de Almeida, um protestante adolescente de 16 anos de idade, de origem portuguesa (que não era padre coisa nenhuma, mas usava esse título para ganhar credibilidade), afirmava ter feito a primeira tradução em língua portuguesa da Bíblia, diretamente dos originais em hebraico e grego, o que não é verdade.
    Este, nunca teve a mão os originais da bíblia, mas, escritos do séc. XVI de Erasmo de Roterdam. Também valeu-se de traduções católicas em vários idiomas, como atesta a Enciclopédia Wikipédia: “João Ferreira de Almeida lançou-se num enorme projecto: a tradução do Novo Testamento para o português usando como base parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol da tradução de Reyna Valera, 1569. Almeida usou também como fontes nessa tradução, as versões: Latina (de Beza), Francesa [Genebra, 1588] e Italiana [Diodati 1641] – todas elas traduzidas do grego e do hebraico. O trabalho foi concluído em menos de um ano quando Almeida tinha apenas 16 anos de idade.”

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Ferreira_de_Almeida

    A tradução do NT do adolescente João Ferreira tinha tanto erro, que os revisores passaram quatro anos tentando corrigir o que ele fez em menos de um. Ele morreu em 1691, sem completar o VT, e outro continuou a desastrada missão. Antes de morrer, João Ferreira publicou uma lista de mais de mil erros em seu Novo Testamento, e Ribeiro dos Santos afirma serem mais. (Ribeiro dos Santos foi um importante historiador do protestantismo brasileiro. Ele era pastor presbiteriano).

    Só em 1819 a bíblia completa de João Ferreira de Almeida foi publicada em um só volume pela primeira vez, com o título: “A Bíblia Sagrada, contendo o Novo e o Velho Testamentos, traduzida em português pelo Padre João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Santo Evangelho em Batávia.(…)” .

    Note que 128 anos depois da morte de João Ferreira, o continuaram chamando de “padre” no prefácio para agregar credibilidade a tal bíblia errática. Esta edição foi mais tarde reimpressa com a ressalva: “EDIÇÃO REVISTA E CORRIGIDA”, e depois novamente com: “ALMEIDA CORRIGIDA E FIEL”. Tais avisos significam, em bom português, que as edições anteriores estão sempre erradas.

    1836 – Inventam a “Noite de São Bartolomeu” contra a Igreja: o alemão Giacomo Meyerbeer (1791- 1864 ) forja em 1836, uma ópera intitulada “Les Huguenotes” onde numa farsa musical, atribui a morte de protestantes (chamados huguenotes), envolvidos em brigas políticas como os reis em 1572, à Igreja Católica. Deram a esse episódio político o nome de “Noite de São Bartolomeu”, para sutilmente o vincularem a Igreja. Porém, não foi a Igreja e nem o Papa, e nem o alto clero francês que determinaram aquele massacre. Seria preciso lembrar que, antes, os protestantes haviam feito outros massacres de católicos, assassinado o Duque Francisco de Guise, destruído igrejas e profanado muitas vezes hóstias consagradas e destruído imagens. Os huguenotes eram uma bem pequena fração dos franceses, mas nessa minoria ínfima, se contavam inúmeros príncipes e personagens muito importantes que armavam os protestantes. Nesta tardia ópera, forjada 264 anos após os fatos, Meyerbeer vergonhosamente colocava o cardeal de Lorena, que no momento do massacre estava em Roma, a abençoar em Paris os punhais destinados à matança. Se a Igreja Católica de fato tivesse tido parte nisto, em 1593, o líder protestante huguenote, Henrique IV, que escapou do citado massacre, não teria se convertido voluntariamente e definitivamente ao Catolicismo. Consultas: DEVIVIER, Pe. W., SJ. Curso de Apologética Christã, 3ª ed., São Paulo: Melhoramentos, 1925, pp. 426-429; Enciclopédia Microsoft Encarta 99.

    1858 – Inventam a mentira que as doutrinas católicas têm origens pagãs: o ministro protestante escocês Alexander Hislop, publica o mentiroso livro “A Duas Babilônias”, onde alega que a religião da antiga Babilônia, sob a liderança do Nimrod e sua esposa, recebeu mais tarde disfarces de sonoridade cristã, transformando-se na Igreja Católica Apostólica Romana. Com efeito, existiriam duas “Babilônias”: uma antiga e outra moderna (a Igreja Católica). É deste livro que dimanam os insultos protestantes que caluniam que as doutrinas católicas são pagãs, desde a hóstia até a celebração do Natal. Ainda hoje os vemos com tal insulto na ponta da língua.

    Recentemente, o pastor, Ralph Woodrow, escritor protestante, reconheceu as acusações infundadas e retirou das livrarias e substitui seu livro que se baseava nas mentiras de Alexander Hislop. Aponta Ralph Woodrow: “É impressionante como ensinamentos infundados como esses circulam e se tornam críveis. Qualquer pessoa pode ir a qualquer biblioteca e consultar qualquer livro sobre a história antiga da Babilônia: nenhuma destas coisas poderá ser encontrada. Essas afirmações não possuem fundamento histórico; ao contrário, são baseadas em um monte de peças de quebra-cabeças sobre mitologia juntadas arbitrariamente.” (Confira em: http://www.ukapologetics.net/1hislopbaby.html )

    Para entender as doutrinas católicas, bastava estudarem a Bíblia e a Patrística.

    1883 – Forjam um sanguinário juramento e os atribuem aos jesuítas, para posar de perseguidos ao mundo: o escritor francês Charles Didier (1805-1864), forja em seu livro “Rome Souterraine”, um sanguinário “juramento” atribuindo-o aos jesuítas. Esse falso juramento, ainda mais carregado de brutalidades, continua sendo amplamente usado pelos protestantes em apostilas e na internet. No ano de 1912 no estado da Pensilvânia-EUA, eles o utilizaram alterado para ganhar uma eleição estadual contra o democrata católico, Eugene C. Bonniwell. Para ver a investigação que desmascarou a farsa, acesse:

    http://fimdafarsa.blogspot.com/2011/06/o-juramento-dos-jesuitas-refutado.html

    1962 – Reúnem todas as calúnias e lançam o livro “Catolicismo Romano” repleto de falsidades: o protestante presbiteriano Loraine Boettner (1901-1990), lança o livro “Catolicismo Romano” que era conhecido como “A bíblia do Anti-catolicismo”. O livro continha quatrocentos e cinqüenta páginas com todos os tipos de distorções e mentiras sobre a Igreja Católica. Ainda hoje muitos protestantes fazem uso das falsidades constante naquele livro. O ministro protestante Scott Hahn distribuiu este embuste. Scott Hahn converteu-se ao catolicismo, provando ser o conteúdo do livro uma farsa. O cd do seu testemunho de conversão atingiu o maior número de cópias distribuídas em todos os tempos. O seu testemunho pode ser acessado aqui:

    http://www.legiomariae.kit.net/Canais/Apologetica/Protestantismo/testemunhoscot.htm

    1963 – Aliam-se aos comunistas para injuriosamente fazer da Igreja Católica cúmplice do nazismo: o protestante Rolf Hochhuth, para macular o Papa Pio XII escreve a peça “O Vigário” (1963), onde criminosamente põe o Papa como colaborador de Hitler. Essa farsa culminou mais tarde no livro de John Cornwell, “O Papa de Hitler” (1999). Foi tudo de cabo a rabo uma criação da KGB. A operação foi desencadeada em 1960 por ordem pessoal de Nikita Kruschev. Pacepa foi um de seus participantes diretos. Entre 1960 e 1962 ele enviou a Moscou centenas de documentos sobre Pio XII. Na forma original, os papéis nada continham que pudesse incriminar o Papa. Maquiados pela KGB, fizeram dele um virtual colaborador de Hitler e cúmplice ao menos passivo do Holocausto. (leiam a história inteira aqui: http://www.nationalreview.com/articles/219739/moscows-assault-vatican/ion-mihai-pacepa ).

    Desmoralizando estes difamadores: Albert Einstein (1879-1955), um refugiado do nazismo, e a primeira-ministra israelense Golda Meir (1898-1978), por exemplo, expressaram publicamente sua gratidão ao Santo Padre por salvar judeus do genocídio. Explicou à agência Zenit Gary L. Krupp, presidente da Fundação Judaica Pave The Way (PTWF): “Os judeus sobreviventes agradeceram pela oportunidade de saudar o Papa em alemão e italiano e de agradecer-lhe pela intervenção da Igreja Católica para salvar suas vidas durante a II Guerra Mundial.” (Fonte: http://www.zenit.org/article-18780?l=portuguese )

    2003 – Lançam o filme “Lutero” recheado de mentiras e omissões: vendo o protestantismo definhar, tentam no cinema reabilitar Lutero, num tributo fantasioso ao pai da revolta protestante. Pois ainda que seus idealizadores tenham deixado de retratar fielmente a vida atribulada de Lutero, movidos claramente pela ideologia apaixonada que visou a reabilitação pública do monge alemão e o bem da Igreja luterana, usaram e abusaram do princípio escandaloso proposto pelo próprio Lutero: mentir à vontade

    Acessar:
    “FILME LUTERO, UMA BOA E GROSSA MENTIRA”

    sem remorso, dizer boas e grossas mentiras! De antemão se sabia que o filme seria tendencioso, pois fora patrocinado por um fundo luterano milionário – Thrivent – bem como pela Federação Luterana. Mas o resultado ultrapassou em muito as piores perspectivas:

    Do soberbo Lutero fizeram um religioso humilde, quando aquele na verdade dizia: “Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte [do poço de Jacó] de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: Que fez, então, com ela? Depois, com Madalena, depois, com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve que fornicar, antes de morrer”. (Lutero, Tischredden, Conversas à Mesa, N* 1472, edição de Weimar, Vol. II, p. 107, apud Franz Funck Brentano, Martim Lutero, Ed Vecchi Rio de Janeiro 1956, p. 15).

    Do infiel Lutero, fizeram um homem leal, quando aquele dizia: “Eu tive até três esposas ao mesmo tempo.” (Lutero). Dois meses após ter dito isto, Lutero se casa com uma quarta mulher, uma freira. (Guy Le Rumeur, La révolte des hommes et l’heure de Marie 1981, apud Lex Orandi: La Nouvelle Messe et la Foi – Daniel Raffard de Brienne 1983).

    Do assassino Lutero, fizeram um santo, quando aquele dizia: “Eu, Dr. Martim Lutero, durante a rebelião matei todos os camponeses, porque fui eu quem ordenou que eles fossem mortos. Todo o sangue deles está sobre minha cabeça. Mas eu o ponho todo sobre Deus Nosso Senhor; pois foi ele quem assim me mandou falar!” (“Tischredden”, Ed. Erlangen, Vol. 59, p. 284)

    obre Pedro apóstolo (Mateus 16,18), nos ensinou que o Diabo é o pai da mentira (João 8,44), e príncipe deste mundo (João 12,31; 14,30; 16,11). Também nos ensinou que Ele, Jesus, é a verdade o caminho e a vida (Jo 14, 6), que sua Igreja é a coluna e fundamento da verdade (1 Timóteo 3,15) e que seu reino não é desse mundo (Jo 18, 36).

    Não sendo o reino de Jesus deste mundo e Sua Igreja nesse mundo, a coluna e fundamento da verdade que conduz a Seu Santo reino, é natural que o Diabo, príncipe deste mundo, atue por meio da mentira contra a Igreja, usando os mais inesperados meios para que as almas a odeiem e neste mundo permaneçam para sempre.

    Isto se confirma pelo que você acabou de ler. Observe que são exatamente essas mentiras e sabotagens históricas que moldam o DNA do protestantismo, que passa muito longe de ter sido uma revelação divina.

    Deus tenha piedade!

  4. Saiba o como provar a doutrina do Purgatório a um Cristão Evangélico
    POR: HELLEN CRISTINE WALKER | TER , 24 DE JULHO DE 2012 Print PDF
    A palavra purgatório não é mencionada na Bíblia, da mesma forma que termos como ‘encarnação’, ‘Santíssima Trindade’ ou até mesmo a palavra Bíblia, não aparecem nas Escrituras. Isso, no entanto, não é motivo para negarmos a existência de um “lugar de purgação”, o qual de fato é mencionado na Bíblia.

    Há várias passagens que nos indicam a existência desse tal lugar de purificação, mas vamos dar uma olhada em 1 Coríntios 3:12-15, que ao contrário de outras referências bíblicas sobre o purgatório, não pode ser refutada por protestantes evangélicos. Vamos analisar um trecho da versão O Livro, uma popular tradução da Bíblia protestante.

    12 E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo testará qual seja a obra de cada um. 14 Se permanecer a obra que alguém sobre ela edificou, esse receberá *galardão. ( s.m. *Recompensa ou prêmio por serviços valiosos prestados. Honra, glória) 15 Se a obra de alguém se queimar, ele sofrerá prejuízo; mas o tal será salvo todavia como que pelo fogo.

    Quando lemos essa passagem no contexto do capítulo 3, vamos notar que São Paulo se dirige a uma porção da Igreja de Cristo. Ele repreende os fiéis coríntios sobre suas ações pecaminosas, tais como divisões e ciúme, etc. No capítulo 3, São Paulo não só afirma que nossas obras são recompensadas, mas ele também lida com a qualidade das obras do homem, pelas quais cada um de nós seremos recompensados ou punidos.

    O que planta ou o que rega são iguais; cada um receberá a sua recompensa, segundo o seu trabalho. 1 Cor3: 8

    Se analisarmos o versículo 15 do mesmo capítulo, temos um exemplo de uma pessoa cujas obras já foram julgadas e queimadas, portanto ela “sofrerá prejuízo”, mas será finalmente salva pelo fogo. A fim de esclarecer o que isso significa, precisamos definir o que “sofrer prejuízo” representa. A expressão “sofrer prejuízo” provém de uma forma da palavra grega Zemio. Lembre-se que o grego é o idioma original dos textos bíblicos. Outras formas dessa mesma palavra grega também aparecem no Antigo Testamento com o significado de “castigo” [Exodus 21:21, Provérbios 17:26 e 19:19, etc ..]. Isso significa que Zemio foi traduzido em 1 Cor 3:15 como “sofrer prejuízo”, mas também quer dizer punição ou castigo. Portanto, a passagem 1 Cor3:12-15 nos dá uma descrição clara do Purgatório, pois é a isso que São Paulo se refere.

    São Paulo faz uma analogia sobre a qualidade dos nossos trabalhos usando materiais como ouro, prata, pedras preciosas para representar uma adesão mais perfeita ao Evangelho de Cristo, e madeira, palha e restolho, que serão queimados e, pelos quais o homem “sofrerá prejuízo” ou “punição” mas no fim ele, o homem, será salvo, todavia como que pelo fogo.

    Assim, em 1 Coríntios 3:12, a madeira, feno e palha (que são queimados) significam as obras de um homem que morreu em estado de justificação e foi perdoado de qualquer pecado mortal que ele possa ter cometido. Ele é, portanto, salvo, mesmo que não tenha feito reparação por todos seus pecados cometidos depois do batismo.

    O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, ATÉ QUE PAGASSE toda a sua dívida. É ASSIM que o meu Pai que está nos céus FARÁ convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.” Mateus 18: 34-35

    Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto ele caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. Em verdade, te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo. Mateus 5:25-26

    Ou seja, em ambas passagens vemos uma referência implícita ao lugar de expiação o qual a Igreja chama Purgatório. Enquanto estamos à caminho do tribunal, uma alusão ao julgamento individual depois da morte, somos obrigados a nos reconciliar, pois adversário ( Satanás, o acusador) nos condenará diante do Juiz (Cristo Nosso Senhor) que por sua vez nos fará justiça, e seremos jogados na prisão (purgatório), até que nossas dívidas (cada pecado cometido e não expiado) sejam pagas. Essas passagens são referências ao purgatório e não ao inferno, como alguns alegam, pois afirmam que uma vez que as dívidas são pagas, o devedor ( pecador) sairá da prisão. Como sabemos, uma vez condenado, ninguém sai do inferno. Enquanto as almas do purgatório, uma vez purificadas, ascendem ao céu.

    A Posição da Igreja

    Neste contexto se encaixa perfeitamente a doutrina católica sobre o Purgatório. O Concílio Católico de Lyon II, definiu Purgatório da seguinte forma:

    Papa Gregório X – Concílio de Lyon II, 1274:

    “Porque se eles morrem na caridade verdadeiramente arrependidos antes que eles tenham feito satisfação através de dignos frutos de penitência pelos pecados cometidos e omitidos, suas almas são purificadas depois da morte por punições purgatóriais ou depurantes…” (Denzinger 464)

    Um grande exemplo de um homem que foi perdoado de seus pecados graves, mas não fez reparação por eles, é encontrado no caso de Davi. Em 2 Samuel 11 (2 Reis 11 na Douay-Rheims Bíblia católica), lemos que o Rei Davi cometeu adultério com Bate-Seba. David também mandou matar o marido de Bate-Seba. Estes são os pecados mortais. Se Davi tivesse morrido naquele estado, ele teria ido para o inferno, pois 1 Coríntios 6:9 nos mostra que nenhum adúltero ou assassinos entrarão no céu. Mas Davi se arrependeu do seus pecados, quando condenados por Natã, em 2 Samuel 12.

    2 Samuel 12:13 – “E disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi, o Senhor perdoou de teu pecado, não morrerás.

    O Senhor levou o pecado de Davi, e Natã, o disse que não iria morrer. ‘Morrer’ nesse contexto significa que ele não iria morrer eternamente, ou seja, perecer no inferno. A culpa do pecado foi perdoada porque Davi se arrependeu verdadeiramente e se transformou a partir dai. Mas isso significa que tudo foi acertado? Não, pois plena satisfação por seu pecado mortal não tinham sido feitas. Lemos em 2 Samuel 12:14-15 que Davi teve de sofrer a perda de seu próprio filho para fazer satisfação por seu pecado, um pecado que já havia sido perdoado.

    2 Samuel 12:14-15 “… Todavia, como desprezaste o Senhor com essa ação, morrerá o filho que te nasceu. E Natã voltou para sua casa. O Senhor feriu o menino que a mulher de Urias tinha dado a Davi, e ele adoeceu gravemente.”

    Isto fornece prova inegável de que a culpa de um pecado de um crente pode ser perdoada sem que a completa punição seja levada apenas pelo arrependimento. O Concílio de Trento colocou a questão desta forma:

    Papa Júlio III,

    Concílio de Trento, sobre o Sacramento da Penitência, Sess. 14, cap. 8, 25 de novembro de 1551 – “… é absolutamente falsa e contrária à Palavra de Deus que a culpa [do pecado] nunca é perdoada pelo Senhor, sem que a devida punição também receba remissão. Pois exemplos claros e ilustres encontram-se nos Escritos Sagrados [cf. Gênesis 3:16 f; Num. 12:14; Nm 20:11; II Reis 12:13 ss; etc].” (Denzinger 904).

    Há várias referências à existência do purgatório no Antigo Testamento, bem como outras referências no Novo Testamento, mas, como visto em 1 Coríntios 3:12-15, o conceito de Purgatório é ensinado nas Escrituras e foi aceito pelos primeiros cristãos. Mas por que os antigos cristãos acreditam no purgatório e até oravam para os mortos? Faziam-no, obviamente, porque não se trata de uma doutrina inventada pelos homens, mas de uma noção claramente ensinada nas Escrituras, e também porque esse ensinamento fazia parte da tradição recebida dos Apóstolos.

  5. É bem verdade o conteúdo deste artigo. Tenho-me debatido muito com irmãos católicos sobre esta matéria. De facto, hoje parece esquecida a Justiça de Deus, em detrimento da Sua Misericórdia. Nota-se que Padres e Bispos acentuam a tónica na Misericórdia de Deus, mas com a perspectiva (errada, quanto a mim) de que Deus tudo perdoa, que o Seu Amor grandioso e sublime esquece os pecados do homem – sem lhe pedir contas…
    Não pode ser. Justiça Divina e Misericórdia são inerentes, entrelaçam-se uma na outra, na Perfeição Divina. Não pode haver uma sem a outra.

O que você achou do artigo? Ajude-nos com seu comentário!

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.