Engenheiro em nanotecnologia: o Santo Sudário é um testemunho mudo da Ressurreição

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Video: Início da ostensão extraordinária do Santo Sudário
do dia 19 de abril até 24 de junho de 2015.

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Alessandro Paolo Bramanti: o Santo Sudário é um testemunho mudo da Ressurreição

Alessandro Paolo Bramanti é especialista em engenharia eletrônica na Universidade de Pavia, Itália, onde fez o doutorado em investigação. Posteriormente doutorou-se em física da matéria na Universidade de Salento.

Ele trabalha para uma multinacional no campo da nanotecnologia, publicou numerosos trabalhos e é co-inventor de patentes internacionais em sua especialidade.

Também estudou o Santo Sudário e no ano 2010 publicou com o Dr. Daniele De Matteis o livro Sacra Sindone. Un mistero tra scienza e fede (Santo Sudário: um mistério entre ciência e fé).

Em entrevista ao jornal “La Croce”, ele argumentou em favor da afirmação de que “o homem do Santo Sudário é Jesus de Nazaré”.

Pergunta: Para muitos o Santo Sudário é uma prova da ressurreição de Cristo. O senhor é homem de ciência. Por que o Santo Sudário é tido como um milagre por muitos cientistas?

Alessandro Paolo Bramanti: O milagre é uma exceção às leis da natureza. E, posto que todo o mundo material deve obedecer às leis naturais sem possibilidade de ignorá-las ou modificá-las, o milagre postula uma intervenção superior, quer dizer, da parte do autor das próprias leis naturais.

A ciência é como um explorador, livre para se mover num país – o das leis naturais – que é grande, mas não infinito, porque está rodeado por um muro que ela não pode superar com suas forças.

Mas se o explorador, por causa dessa incapacidade, afirmasse que não há nada além do muro, adotaria uma conduta irracional e, em último caso, um pouco ridícula.

Consideremos o Santo Sudário. É um objeto material e, enquanto tal, obedecendo sem dúvida alguma às leis naturais… incluindo as de envelhecimento e sensibilidade ao calor, por exemplo, como infelizmente constatamos na cor amarelada do linho e nas queimaduras dos incêndios a que esteve exposto ao longo dos séculos.

Sem embargo, também está marcado por uma intervenção exterior; algo que não provém da matéria, inclusive onde os fatores materiais deixaram uma marca profunda. Essa dupla imagem sanguínea é inexplicável à luz de qualquer fenômeno físico conhecido.

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Imagem holográfica do Santo Sudário

Um corpo sem vida aparece como que “fotografado” no Santo Sudário. E sem dúvida é assim, pois apresenta os sinais do rigor mortis (rigidez da morte), excluindo qualquer hipótese de coma ou morte aparente.

Mas um corpo sem vida não pode deixar pegadas, nem sequer algo vagamente similar a isso. E em toda a natureza não há nada de comparável. Por essa razão, muitos cientistas admitem honestamente o inexplicável do Santo Sudário.

Até agora todas as tentativas de imitação do Santo Sudário resultaram em fiasco, inclusive, portanto, uma análise superficial, sendo muito interessante observar a obstinação dos céticos.

Eles caçoam da credulidade daqueles que acreditam que o Santo Sudário é autêntico, mas logo perdem muito tempo e recursos tentando fabricar um igual, só para demonstrar que é falso! Dir-se-ia que no fundo eles estão carcomidos pela dúvida.

Pergunta: Vamos aos pormenores. O Santo Sudário analisado pela engenharia …

Bramanti: Se o Sudário não é autêntico, deve ter sido feito por um falsificador experiente, desejoso de se enriquecer com o comércio de relíquias falsas. Aliás, esta é a teoria daqueles que negam a autenticidade do Santo Sudário: um fabricante imaginário de relíquias, que se mantém no anonimato por razões óbvias, forjou o objeto em sua oficina para vendê-lo logo, talvez junto com muitos outros, numa espécie de mercado negro do sagrado, fazendo acreditar que é genuíno.

Esse personagem provavelmente considerava o Sudário como sua obra-prima, a culminação de sua carreira como falsário sacrílego!

Mas o engenheiro é uma espécie de inventor especializado: sua atitude é de quem desenha e constrói aplicando as leis naturais em seu benefício…

Diante do Santo Sudário, tenta imaginar qual foi o engenhoso método de fabricação por meio do qual o falsificador conseguiu imprimir sobre o linho a imagem de um crucificado.

Especialmente o engenheiro doutorado em física, ligado ao mundo do microscópico e do nanoscópico, é motivado especialmente pela curiosidade…

Como é que a imagem do Sudário foi criada por uma mudança na estrutura das fibras têxteis?

Com quais instrumentos e através de que fenômeno físico se pode causar semelhante modificação?

No último século, abundantes estudos científicos sobre o Santo Sudário apresentaram muitas hipóteses teóricas, realizaram experimentos para denunciar sua falsidade e tentaram reproduzi-lo. Mas ninguém obteve resultados satisfatórios… A ciência reconhece-se vencida

Porém, fica sempre uma pergunta: se parece inconcebível fabricar um objeto tão refinado com o conhecimento atual, qual é a possibilidade de que tenha existido um suposto falsificador?

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Imagem holográfica do Santo Sudário, detalhe

Pergunta: Alguns no entanto sustentam que não somos capazes de reproduzir muitas obras de arte do passado, e nem por isso se diz que sejam milagres …

Bramanti: Há uma diferença profunda. Conhecemos bem a natureza física dessas obras de arte: elas são “simplesmente” capas de substâncias coloridas depositadas sobre o lenço, ou “simplesmente” blocos de pedra entalhada, modelada. A singularidade dessas obras é de ordem artística, não científica. Porém nós não sabemos qual é a natureza física do Santo Sudário.

Pergunta: O Santo Sudário do ponto de vista da Física …

Bramanti: O físico considera a teoria científica que seja capaz de explicar todos os dados. Mas neste caso a ciência encontra-se na escuridão, anda às apalpadelas.

Então, só ficam duas atitudes possíveis.

Primeira. O físico adota a objeção clássica dos céticos:talvez de futuro possamos explicar a existência do Sudário de modo científico. Então constataremos que ele foi o resultado de uma combinação de elementos físicos muito pouco provável, mas inteiramente natural. Pode ser

Este “pode ser” na mente de muitos céticos converte-se até num cômodo “sem dúvida”, com o qual eles se aferram à ilusão de ter liquidado o problema.

Segunda. O físico que considera os dados como um todo. Então percebe que o Sudário foi estudado mais do que qualquer outro objeto no mundo por um número impressionante de especialistas de diferentes disciplinas. E que todos os dados convergem para dizer que a gente está diante do autêntico lençol que envolveu a Cristo…

Neste ponto, se a mente do físico não é suficiente, ele deve assumir a mente do homem cuja capacidade supera com superioridade a mera ciência.

O homem do Santo Sudário é Jesus de Nazaré. Esse homem é o único de quem se anunciou durante mais de dois mil anos até hoje que ressuscitou.

E sua ressurreição, por tudo quanto se sabe, não foi discutida, nem logo após a sua morte. O anúncio foi feito antes [no antigo Testamento]. Isso é assim e de tal maneira, que naquela noite, no túmulo, soldados romanos fizeram guarda para evitar um simulacro de ressurreição.

O Santo Sudário de Turim leva a impronta desse homem, uma marca que fala não só de sua morte, mas também de uma misteriosa subtração à morte.

É a imagem de um cadáver que desapareceu antes de se corromper, deixando uma marca indelével. É uma imagem física única, tão única como o próprio homem.

Mas se, mesmo diante das provas, a mente humana recusa a priori a possibilidade de o Santo Sudário ser um testemunho mudo da Ressurreição, ela age por uma escolha deliberada que nada tem a ver com a ciência.

O Dr. Daniele De Matteis apresenta o livro que escreveu
com o especialista Alessandro Paolo Bramanti:

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